O projeto “Brinquedoteca Itinerante e Popular – BIP” desenvolvido desde 2004, como formas de garantir espaços lúdicos para que as crianças entrem em contato com a cultura popular do RN, preservando e difundindo formas de brincar que foram objetos de estudo de Câmara Cascudo, Veríssimo de Melo, e Manoel Rodrigues de Melo dentre outros. Brincar se configura como uma atividade natural para as crianças de todos os povos, independente de idade, sexo, religião, raça, classe sócio-econômica e cultura.
sábado, 16 de julho de 2011
Peteca e sua história
Segundo os registros do passado, mesmo antes da chegada dos portugueses no Brasil, os nativos já jogavam peteca como forma de recreação, paralelamente, aos seus cantos, suas danças e suas alegrias.
Consequentemente, nossos antepassados, através das sucessivas gerações, foram-nos transmitindo essa salutar atividade. Atualmente, milhares de aficionados, na faixa de 07 a 80 anos, ou mais, dedicam, prazerosamente, horários diários, para jogar peteca, que em clubes, escolas, nas praias, nos bosques ou em quadras residenciais.
Quis o destino que, nos jogos da V Olimpíada, realizados na Antuérpia, capital da Bélgica, em 1920, a título de recreação, os brasileiros que pela primeira vez participavam de uma Olimpíada, levassem petecas, atraindo numerosos atletas de outros países, interessados na sua prática. Revela-nos o registro da época, que o Dr. José Maria Castelo Branco, chefe da Delegação Brasileira, viu-se, momentaneamente, embaraçado pelos insistentes pedidos de regras formulados por técnicos e atletas finlandeses que , evidentemente, demonstravam interesse pela nova atividade desportiva. Coube a Minas Gerais a primazia de dar-lhe sentido competitivo, realizando jogos internos nos clubes pioneiros de Belo Horizonte.
Em 1973, surgiram as regras da peteca, dando margem para a fundação da Federação Mineira de Peteca - FEMPE, em 1975, confirmando, assim, o pioneirismo de um esporte nascido e desenvolvido entre nós. Como positivo respaldo, há muitas publicações como livros, revistas, informativos, panfletos e reportagens que enfatizam as vantagens da prática desse esporte e que pode ser jogado por crianças e adultos sem limite de idade, sendo sadio e atraente para os dois sexos, sem choques, sem acidentes cuja velocidade é decorrente da homogeneidade dos contendores. Assim, em 1978, o Mobral, editou o livreto "Vamos Jogar Peteca", admirável publicação dos técnicos do Centro Cultural e do Grupo Executivo da Campanha "Esporte Para Todos" - GECET, do Ministério da Educação, sob a supervisão da Profª. Maria Luíza Gonçalves Cavalcanti. Posteriormente, também a Secretaria de Educação Física e Desporto do MEC, teve uma parcela de marcante colaboração, divulgando essa prática em todo o território nacional, com sucesso.
Oficialização e Codificação das Regras
Finalmente, fazia-se necessário oficializar o jogo e, em seguida, codificar sua regras, de modo a evitar as dúvidas na interpretação. Aqui cabe exaltar, mais uma vez, os esforços do benemérito Outorgantino Magalhães Dias, o Tote, que depois de uma luta incessante, viu aprovada a oficialização do esporte, na Segunda Sessão do Plenário, do Conselho Nacional de Desporto - CND, conforme Deliberação n° 15/85 de 17 de agosto de 1985, em Brasília, cabendo à Confederação Brasileira de Desporto Terrestres - CBDT, o dever de codificar e estruturar o desporto como determina a lei.
Consequentemente, em 01 de abril de 1986, a CBDT nomeou o desportista Walter José dos Santos, para dirigir seu Departamento de Peteca, codificar as regras e regulamentos para possibilitar em 1987, a realização do Primeiro Campeonato Brasileiro de Peteca. No dia 06 de novembro de 1986, realizou-se, em Belo Horizonte, a primeira reunião especialmente convocada para o estudo das providências, decorrido o tempo para consultas e estudos, a 23 de fevereiro de 1987, foi realizada a reunião final para definir o texto das Regras, também em Belo Horizonte, sob a direção do Diretor da CBDT, participando da mesma o Presidente da Federação Brasiliense de Peteca, Luiz Astolfo de Andrade Tiburcio e o Presidente Paulista de Peteca, Mário Meirelles. Em 1995, sob a direção do Presidente da Confederação Brasileira de Desporto Terrestres, Nilton Seixas Necchi, e do Diretor do Departamento de Peteca da CBDT, Antônio José Magnavacca, do Presidente da Federação Mineira de Peteca, Inimá Rodrigues de Souza, e do Presidente da Federação Brasiliense de Peteca Luiz Astolfo A. Tiburcio, foram introduzidas alterações visando tornar o jogo mais competitivo e atraente. Entre essas alterações destaca-se a tomada de saque com a fixação de tempo para a conquista do ponto.
Fonte: petecabrasil.vilabol.uol.com.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capas/esportes/peteca.php - 16/07/2011.
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