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Brinquedoteca Itinerante e Popular

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Resenha Poética com Claudio Wagner: Artifícios acres versos doces


Artifícios

acres versos doces




           O livro escolhido para resenhar essa semana é do poeta Dilson Ferreira, um Cearense nascido em Fortaleza, mas que mora em terras natalense desde de 1958, portanto se considera potiguar e não mede palavras quando fala de seu amor por Natal. É membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVA/RN). Dilson é o que posso dizer ser um poeta indo e voltando! Sua poesia combina belezas sutis que deixam quem as lê em estado de graça.
Artifícios acres versos doces, lançado pela editora Becalete, 2018 e prefaciado por Ozany Gomes, Presidente da SPVA/RN, tem um conjunto de poemas que agradam com certeza os mais variados gostos de consumidores desse majestoso gênero literário que é a poesia.
Confesso que fiz uma leitura apaixonada e deliciosa do livro de Dilson Ferreira da Silva, indo da primeira página à última num folego só, sem se quer dar um intervalo na leitura. Só parei quando consegui me deleitar com todos poemas e ao final, já comecei a escrever essa resenha como forma de não esquecer qual a impressão que a leitura provocou no meu ser.
A obra tem cento e setenta e dois poemas que trabalham temáticas que variam entre o amor, a beleza, a filosofia e questões do cotidiano da vida, mas apontando essa como grandiosa, por isso mesmo, boa de ser vivida, desde que compreendamos a sua real essência. Vê-se nessa obra um claro compromisso de seu autor em não escrever por escrever ou publicar por publicar, mas sim de escrever poemas de relevância e publicar um trabalho de qualidade artística impecável.
Se fez mais que necessário informá-lo, caro leitor, da existência dessa obra para que a coloque em sua lista de livros que devem ser lidos, um livro essencial para quem quer ter uma experiência prazerosos com a leitura e, ao mesmo tempo, se emocionar com imagens de causar delírios, que só a boa poesia é capaz de provocar.
Como de costume, irei dar-lhe um pouco da obra, mas é claro, só um pouco, que é para aguçar sua curiosidade. Então, lá vai:


Néctar

Na poesia posso ter o que eu quiser
Em soneto, trova, melodia ou prosa,
E posso até insinuar-me à flor Rosa
Pra qu’ela seja minha amada mulher.

Então, desfolho-a ao som do bem-me-quer
Que desnuda, vendo-a assim tão mimosa,
Vou até sua gruta prazerosa
E sugo todo néctar que ela tiver.

Ah! Quantos êxtases! Ah, quanta magia!
Rosa me quer, e sou um cara sortudo…
E aí, vamos té amanhecer o dia

...E amei Rosa em pétalas de veludo,
Sendo isso apenas nos versos da poesia,
Porque na poesia, eu posso sonhar tudo!

(p.164).

         Poema dado, minhas impressões colocadas ao longo da resenha, agora deixo a seu encargo, caro leitor, procurar, comprar e deliciar-se com mais uma bela obra escrita em terras potiguares, nossa terra tão amada.


Claudio Wagner

Poeta, professor historiador, Cientista das Religiões, 1º Secretário da SPVA/RN e autor do livro Entre a Sombra da Razão e a Razão da Sombra.


Referência
SILVA, Dilson Ferreira da. Artefícios. Mogi Guaçu: São Paulo, 2108.




quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Resenha Poética com CLaúdio Wagner: O Porto das Almas


      Sidney Wellington da Costa, na verdade, Sidney China, foi muito feliz na produção da obra “O Porto das Almas”, Editora Recanto das Letras, Sorocaba/SP, 2017. Os poemas encontrados nas 79 páginas desse livro são de uma qualidade poética impressionante. Quem ama poesia tem que ler, pois assim verá o quanto é encantador a forma que o Sidney se utiliza da linguagem escrita para captura a poesia da vida e expressar essa em poemas de rimas seguras e métrica impecável.
    O porto é um lugar de segurança para onde as embarcações vão após enfrentarem os perigos no grande mar. É no porto que os marujos pisam novamente em terra firma e vão em busca de aventuras amorosas ou não. É também nesse lugar, que os navios e embarcações em geral se reabastecem para retornar às suas jornadas mar a dentro. O porto é um lugar de chegada e de partida.
    Mas, em “O Porto das Almas”, o escritor cria, poeticamente, um lugar para onde nossas almas, cansadas e atormentadas pela azáfama do dia a dia, vão se reabastecer, se realimentar, se reequilibrar com o cosmos, pois nesse porto de poesias, elas, as almas humanas, encontram o sossego desejado e o acalanto para suas dores mais profundas.
    Vejam e sintam, em alguns versos, um pouco do que é esse porto e como o autor o construiu para ser um lugar de segurança e conforto para nós, mas também para ser um lugar de onde, uma vez estando seguros e ancorados, podemos refletir a respeito da nossa existência (essência).
Silêncio

Cala-se o sonho visceral do canto
O gemido sonoro e distante
A última luz do desejo latente
O último refrão sussurrado num pranto
Freio brusco e repentino do alazão ligeiro
Veio de outro em mina perdida
Sina de Rei de alma vencida
Seresteiro disfarçado de moleque arteiro.
(...)
(p.88)

      Nesses dois versos do poema “Silêncio”, contidos no livro do nosso poeta construtor de portos seguros para nossas almas, demonstro para vocês, o que lhes proporcionará a leitura da obra, e adianto que não irão se arrepender, pois assim como eu, vocês irão encontrar na poesia de Sidney China, palavras que lhes acalantarão as almas, que lhes ajudarão nos caminhos tortuosos da vida.   
    Concordo com a máxima de que a leitura nos faz viajar, que ela amplia nossos horizontes, que nos faz refletir sobre o mundo. Porém, ela, a leitura, em meu entender, é também uma grande fonte de diversão e entretenimento. Lógico, quando estamos munidos de um bom livro. “O Porto das Almas”, contempla tudo isso e ainda mais, já que, ao viajar, é sempre bom se ter para onde voltar. Nessa obra, nossas almas viajantes sempre terão um porto seguro.


Claudio Wagner
Poeta, professor historiador, Cientista das Religiões, 1º Secretário da SPVA/RN e autor do livro Entre a Sombra da Razão e a Razão da Sombra.


Referência
CHINA, Sidney. O Porto das Almas. Editora Recanto das Letras, Sorocaba - São Paulo, 2017.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Resenha Poética com Claudio Wagner: POSTAGENS DA VIDA



POSTAGENS DA VIDA 

 
O promotor é só um homem,
Deus é o juiz”.

(Racionais MC's)




            Já estive em alguns lançamentos de livros de gêneros diversos, tanto de autores brasileiros, como estrangeiros. Atualmente, tenho priorizado obras de autores potiguares. Todo mês, leio quatro livros e aqui compartilho as experiências adquiridas com essas leituras. Sou do tipo de pessoa que não tem um lugar especifico para ler, apenas pego o livro e vou lendo em qualquer lugar. Confesso já ter lido em muitos locais, porém, nunca havia feito uma leitura numa fila de autógrafos no lançamento de um livro, mas isso aconteceu recentemente, quando fui ao lançamento do livro “Postagens da Vida, Crônicas de Cyrus Benavides”. Ozany Gomes, Presidente da SPVA/RN, já havia me falado que leu algumas crônicas do Cyrus, quando ele as postava nas redes sociais, e que as achou emocionantes. Quando peguei no livro e me dirigi para fila, observei que até chegar no autor, para pegar o autógrafo, demoraria muito, pois o local estava lotado de gente e a fila gigantesca. Então, ali mesmo, na fila, comecei a leitura. Ozany tinha razão, Cyrus descreve em cada crônica, de forma cuidadosa, minuciosa, os sentimentos, as emoções, os detalhes a respeito dos lugares e das personagens que fizeram e fazem parte de sua vida.
  Essa obra foi produzida pela Offset Editora, de propriedade do competentíssimo Ivan Júnior. Vejo que na gráfica, usaram o melhor material gráfico para que tudo ficasse impecável, mas acredito que as pessoas envolvidas no processo de produção da obra não devem ter se atido ao detalhe de que essa obra já havia sido impressa pela alma do autor. Em cada página que abri e comei a ler, percebi que Cyrus escreveu com a alma, que os textos estão carregados de um amor profundo, o que me prendeu a leitura fazendo-me chorar de emoção e alegria ao mesmo tempo. As crônicas dessa obra estão recheadas de relatos das relações do autor com os amigos, com a sua família, com o trabalho, com Deus e, principalmente, com o amor que ele tem pela vida. Ele é uma verdadeira simbiose de tudo isso.
          A primeira crônica, que tem como título "O TEMPO DE DEUS", todo escrito em caixa-alta, me deu a ideia de um grito. O autor relata, magnificamente, a trajetória pela qual ele e sua esposa Gabi, tiveram que passar até o nascimento de Letícia, filha deles, e como esse nascimento foi um momento considerado uma prova do milagre de Deus. Fui absorvido por essa crônica de um jeito que só larguei do livro para que o autor autografasse. Depois que retornei para minha casa, retomei a leitura e só soltei novamente na última crônica, intitulado VOVÓ LANUZA, VOCÊ QUE DESAFIOU O TEMPO". Dessa última, não irei falar nada, só adianto que é amorosamente escrita, como todas demais.
Peço-te nesse momento que leia esse parágrafo, mas não prossiga a leitura de imediato para o que vem a seguir. Faça uma suspensão na leitura de 20 à 30 segundos e, durante tão curto intervalo, feche seus olhos, sinta sua respiração, tente se projetar para um lugar que você ama muito e só então, retome com atenção, a leitura do fragmento que escolhi do livro “Postagens da Vida”, para você:

UM DESTINO EM MINHAS MÂOS

Ela tem 27 anos e nunca entrou em uma delegacia. Vivia com seu companheiro há seis anos, numa relação desgastada e de profundo sofrimento. Teve uma relação extraconjugal com um vizinho. Seu companheiro descobriu. Este colocou uma faca em seu pescoço e a obrigou a ligar para o rapaz, marcando um encontro. No local combinado, seu companheiro efetuou vários disparos de arma de fogo, atingindo a cabeça e o tórax do jovem.
Ela está presa há um ano e seis meses, vai a júri popular na próxima segunda-feira (10/09/2012). Foi denunciada pelo Promotor de Justiça, pelo crime de homicídio duplamente qualificado. (...) (p.93).

Aconselho que leiam essa crônica na íntegra.
Não foi simples a tarefa de escolher um fragmento da obra que pudesse servir de fulcro à tese que venho defendendo até aqui, dizendo que essa obra foi impressa com a alma e com o amor do autor. Escolhi essa parte que fala da relação do autor com sua profissão de advogado, por acreditar que somos bons numa determinada área quando a exercemos com amor. Também escolhi esse fragmento, porque nele está contido o senso de justiça de Cyrus Benavides. Nessa crônica, como em todas as outras ao longo da obra, vemos suas verdades que vão sendo colocadas à mostra. Percebemos a escolha do título “Um destino em minhas mãos” porque, ele, o advogado, teria sido contratado pela família para livrar a moça de um destino injusto, que era o de ser presa por um crime que não cometeu. Um destino em minhas mãos, por ser a moça tão jovem e o Cyrus perceber que ali havia alguém que poderia vir a realizar feitos grandiosos, mas que poderiam ser abruptamente interrompidos, se condenada. Esse fragmento revela o elo do autor com Deus (sagrado), mistério que rege, no entender da fé, tudo que está no nosso entorno. Então percebo que, Cyrus é um homem de fé.
O grupo Racionais MC's, na música Vida Loka, diz assim: “O promotor é só um homem, Deus é o juiz”. Essa relação onde Deus é quem julga e não os homens, sendo esses apenas instrumentos daquele, mostra que Cyrus Benavides leva esse argumento para sua profissão e para sua vida.
Postagens da Vida e Cyrus Benavides estão ligados umbilicalmente, homem e livro (escrita) são um só. As muitas verdades que lemos em cada linha escrita, fazem parte de uma cola superforte que prende a gente na leitura e nos liberta dos fardos da vida, pois passamos a enxergar a vida com mais naturalidade ao lermos essa magnânima obra-prima da verdade humana.
Leiam e apaixonem-se!!

Claudio Wagner
Poeta, professor historiador, Cientista das Religiões, 1º Secretário da SPVA/RN e autor do livro Entre a Sombra da Razão e a Razão da Sombra.
Referências
BENAVIDES, Cyrus. Postagens da Vida. Natal-RN: Offset Editora, 2018.
Racionais MC's. Vida Louka. Disponível: https://www.letras.mus.br/racionais-mcs/64916
 

 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Resenha Poética com Claudio Wagner: INVERNIA


INVERNIA



         É do céu que se precipitam as águas que caem na terra molhando tudo e fazendo com que a vida, poeticamente, brote de todas as formas e dimensões, pois sem água, não existe vida, isso é certo. Mas, sou da opinião de que sem arte, também não. E a natureza nos prova isso, nos presenteando com maravilhosas obras de arte, que, infelizmente, muitas vezes não paramos para permitir que nossos olhos as vejam.
Para falar da natureza e sua arte, o poeta Jadson Lima nos presenteia com a obra “Invernia”. Podemos dizer que esse livro é uma verdadeira obra de arte, a começar pelo seu projeto de gráfico que é magnífico, com ilustrações lindas. Visualmente, o livro está ótimo para ser lido e apreciado. Mas, ao analisarmos o conjunto da obra, nos deparamos com o que é mais importante no livro: os poemas. Os poemas contidos nessa obra, foram concebidos sob a luz da grandiosa poesia, que só uma alma poética apurada pode conceber. Jadson Lima tem essa alma! Ao ler “Invernia”, fiquei convencido disso. Para provar o que falo e possa me entender, deixo aqui uma estrofe do poema que dá nome a essa obra:

Invernia
(...)

Brotando a vida do chão
A terra recebe a chuva
Deixando de ser viúva
Mostrando a grande união
E nessa concepção
Desse grande casamento
Depois do ato, o rebento
Nascendo forte e florido
Milho e feijão já nascido
Pro nosso contentamento.
(p.43)
          As 162 páginas de “Invernia” apresentam registros das memórias do poeta, odes aos seus pais, ao seu amor, aos professores e ao grande mestre da poesia do nosso Estado, Antônio Francisco. Há poemas que nos levam a conhecer as entranhas do nosso sertão, sua beleza e a força do povo que habita essa região.
         “Invernia” tem apresentação de João Batista de Lima, de Bom Jesus/RN e Prefácio de Lucas Rafael Calado, de São José do Egito/PE, terra da poesia por excelência. Os textos das orelhas da obra contam ainda com a contribuição do mossoroense Antônio Francisco, poeta que despensa qualquer apresentação, além de Davi Lima, filho do Jadson Lima, o que deve ter feito o coração do pai bater mais forte de alegria e satisfação.
       Os poemas nessa obra, são construídos em décimas, demonstrando o domínio do poeta como escritor de literatura de cordel, literatura que poucos dominam devido as regras da métrica e rima. Vemos na construção de cada verso do poeta, o espetáculo que a invernia traz para a natureza, onde tudo brota, nasce, salta e explode para a vida em cores, sabores, gestos, ações, sentimentos do mais variados. Uma abundância de poemas que falam das gentes do nosso sertão, que falam das plantas, dos rios, da vida em suas multiplicas manifestações, nos fazendo sentir todas as suas pulsações.
        Me desculpe, mas vou reler “Invernia”, para poder me apropriar novamente de tudo que é tão nosso e não nos damos conta do tamanho da beleza. É preciso que o poeta venha e decodifique essa beleza para que vejamos em sua plenitude, pois pelos olhos do poeta, a natureza é observada em toda sua singularidade que tem a nos oferecer. 


 
Claudio Wagner
Poeta, professor historiador, Cientista das Religiões, 1º Secretário da SPVA/RN e autor do livro Entre a Sombra da Razão e a Razão da Sombra.

Referência
LIMA, Jandson. Invernia. Natal-RN, Offset, 2018.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Resenha Poética com Claudio Wagner: CIRCO E POÉSIA


Circo de Poesias

Crianças vão crescendo e dão outro sentido
Guilherme Arantes

  Comprei de um pipoqueiro poeta, palavras que pipocavam quentes e desciam pelas escadas (páginas do seu belo livro “Circo de Poesias”), e quando cheguei nas arquibancadas (miolo da obra) fui arrebatado para um mundo de sensações que só quem assiste um espetáculo circense consegue sentir.
  Mas, não foi apenas a experiência de estar num circo de poesias (criado pelo poeta Weid Sousa), mas sim algo maior que isso, posso dizer que tive uma conjunção holística com suas palavras (versos) e fui transportado ao todo de mim. A cada poema, a criança, que estava morta dentro do meu ser, renascia e um elo entre Claudio Wagner e a poesia contida em “Circo de Poesias”, estabeleceu-se. Mesmo conhecendo todas as palavras do dicionário, nenhuma seria capaz de sintetizar o que de fato ocorreu. Se com “O Guia do Mochileiro Das Galáxias”, de Douglas Adams, aprendi a voar, com “Circo de Poesias”, de Weid Souza, reaprendi a ser criança, a voltar a sonhar, a ver o quanto o simples é sofisticado. Como diz meu amigo Professor e Poeta Manuel Azevedo, “se o simples fosse fácil de fazer, alguém já teria inventado outro “parabéns para você”, o que até hoje não ocorreu. E é com uma simplicidade poética singular, que Weid Sousa envolve e encanta crianças e adultos. Vamos comigo ao picadeiro poético para vivenciarmos uma parte do espetáculo (poema) dessa obra?

A TURMA DA PIPOCA

É tão divertido
A turma da pipoca
Chegam amarelas de medo
Mas quando o chão esquente
Pulam loucas de alegria

No sofá ou no cinema
Pipoca não pode faltar
Colorida ao amanteigada
Doce ou salgada

A pipoca pula-pula
Pula na minha boca
Um pedacinho de nuvem
Um anjinho de asa torta

Se pipoca nascesse em jardim
Seria uma roseira branca
Teria formato de rosa
Mas cheiraria como pipoca

Sozinha ou com suco de limão
Vestida de milho ou açucarada
A turminha da pipoca
É a turma mais animada

(p.24).


  Tenho certeza que estais com a cabeça pipocando, querendo entender como nosso autor capturou essa poesia no ambiente e nos doou em forma de poema! Isso é coisa de quem tem um olhar apuradamente lúdico, um olhar de quem percebe o que desperta nas crianças o interesse pela leitura.
  Guilherme Arantes, na música “Pão”, fala como em cada momento os sonhos vão se diferenciando em nossa vida e, numa parte dessa música, ele diz assim: “Crianças vão crescendo e dão outro sentido ao prazer". Você Weid Sousa, me levou, através do teu “Circo de Poesias”, ao mundo onde o cansaço do dia-a-dia não era por mim sentido e meu ser viveu o prazer do celebrar a grandiosidade de estar vivo, sensação que só as crianças compreendem em sua profundidade.



Claudio Wagner
Poeta, professor historiador, Cientista das Religiões, 1º Secretário da SPVA/RN e autor do livro Entre a Sombra da Razão e a Razão da Sombra.




Referência

ARANTES, Guilherme. Pão. Disponível: https://www.letras.mus.br/guilherme-arantes/113342/

SOUSA, Weid. Circo de Poesias, Ed do Autor, Natal-RN, 2018.