FLOR DE CACTUS
As transformações
biológicas da Poesia de Clécia Santos
O
livro “Flor de Catus”, da poetisa Clécia Santos, foi lançado de
forma independente pela autora e impresso pela WP Gráfica e Editora.
Nesse livro, que já é segunda edição, vamos encontrar poemas
majestosos, que realçam em cada verso as muitas belezas do Sertão
Potiguar.
O
poema Flor de Catus, que dá nome a obra, o primeiro do livro, é uma
espécie de cartão de visitas do que espera por nós, pois nele já
dá para se ter uma ideia das belezuras do universo poético no
decorrer de cada página, nos orientando pelos muitos relevos e
paisagens do nosso belo sertão, que mesmo em sua aridez, provocada
pelo fenômeno da seca, deixando o solo sem vida, é, ao mesmo tempo,
um lugar de belas imagens, e essas, a poetisa Clécia captura em seus
poemas, que são um presente para quem os lê. Em cada verso, ficamos
deleitados com as descrições grandiosas que a poetisa consegue
sintetizar sobre essa parte de nosso estado (país).
O
poema Flor de Catus começa com uma apresentação que, por si só,
gera uma gama de interpretação, pois ou a autora, ou a flor, ou o
livro, porque não dizer os três juntos, dizem assim: "
Sou um caixa de surpresas" (p.5).
Hora, uma caixa de surpresa pode conter muitas coisas, coisas boas e
coisas nem tão boas assim, mas o importante é a surpresa, é o
inusitado, saber que o que nos aguarda foge do campo opaco das
convenções, não é algo dado, já a mostra e sim, algo que irá se
revelar, porém, essa revelação é apenas para os munidos de
ousadia, os que tem coragem para abrir a caixa e assumir o ônus que
a surpresa pode proporcionar, e vale muito apena entrar nessa caixa
livro, embarcar para descobrir o que Clécia Santos irá revelar com
sua poesia. O que essa bióloga de formação consegue passar a
respeito do DNA das palavras, como ela consegue manipulando esse DNA,
dar vida em estruturas poéticas a todo um Sertão que deixa de ser o
Sertão das lamurias, das misérias provocadas pelo flagelo da seca,
ganhando uma conotação de força, de beleza, de vida que pulsa num
eterno se reinventar, refazer, reconstruir, pois onde está o humano,
está o belo para o fazer poesia, e isso Clécia Santos demonstra
como poucos.
O
Sertão que nos dá a Flor de Catus é o que está nas entranhas da
poesia de Clécia Santos e, é belo, porque é humano, e é esse
humano que observando a paisagem localiza em seu olhar a beleza e a
força que uma flor singela pode revelar e nos dizer sobre ela, algo
que nem todo humano está disposto a enxergar.
O
Sertão que nos dá a flor de Catus e que está nas entranhas da
poesia de Clécia Santos, é belo, porque é humano, e é esse humano
que ao observar a paisagem, visualiza em seu olhar a beleza e a força
que uma flor singela pode revelar.
Agora,
vais tirar a cara desse aparelho, onde estais a ler esse texto e vais
pelas ruas de Natal a procurar o lugar onde seres unicelulares
(letras), vão se juntar em palavras cada vez mais complexas, para
que essas deem forma a poesia. Procura e lê o que escreve Clécia
Santos, pois assim entenderas um pouco sobre a gênesis que forma a
poesia que hoje constituem nova a Flor de Cactus e as transformações
biológicas da sua poesia.
Claudio Wagner
Poeta,
professor historiador, Cientista das Religiões, 1º Secretário da
SPVA/RN e autor do livro Entre
a Sombra da Razão e a Razão da Sombra.
REFERÊNCIA
SANTOS,
Clécia.
Flor de Cactus. Produção Independente. Natal/RN.
Que Maravilha amigo Cláudio Wagner!!! Perfeito comentário! Estou muito feliz com seu carinho, obrigada!🌸👏👏👏👏👏👏👏👏
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