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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Resenha Poética com Claudio Wagner: Artifícios acres versos doces


Artifícios

acres versos doces




           O livro escolhido para resenhar essa semana é do poeta Dilson Ferreira, um Cearense nascido em Fortaleza, mas que mora em terras natalense desde de 1958, portanto se considera potiguar e não mede palavras quando fala de seu amor por Natal. É membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVA/RN). Dilson é o que posso dizer ser um poeta indo e voltando! Sua poesia combina belezas sutis que deixam quem as lê em estado de graça.
Artifícios acres versos doces, lançado pela editora Becalete, 2018 e prefaciado por Ozany Gomes, Presidente da SPVA/RN, tem um conjunto de poemas que agradam com certeza os mais variados gostos de consumidores desse majestoso gênero literário que é a poesia.
Confesso que fiz uma leitura apaixonada e deliciosa do livro de Dilson Ferreira da Silva, indo da primeira página à última num folego só, sem se quer dar um intervalo na leitura. Só parei quando consegui me deleitar com todos poemas e ao final, já comecei a escrever essa resenha como forma de não esquecer qual a impressão que a leitura provocou no meu ser.
A obra tem cento e setenta e dois poemas que trabalham temáticas que variam entre o amor, a beleza, a filosofia e questões do cotidiano da vida, mas apontando essa como grandiosa, por isso mesmo, boa de ser vivida, desde que compreendamos a sua real essência. Vê-se nessa obra um claro compromisso de seu autor em não escrever por escrever ou publicar por publicar, mas sim de escrever poemas de relevância e publicar um trabalho de qualidade artística impecável.
Se fez mais que necessário informá-lo, caro leitor, da existência dessa obra para que a coloque em sua lista de livros que devem ser lidos, um livro essencial para quem quer ter uma experiência prazerosos com a leitura e, ao mesmo tempo, se emocionar com imagens de causar delírios, que só a boa poesia é capaz de provocar.
Como de costume, irei dar-lhe um pouco da obra, mas é claro, só um pouco, que é para aguçar sua curiosidade. Então, lá vai:


Néctar

Na poesia posso ter o que eu quiser
Em soneto, trova, melodia ou prosa,
E posso até insinuar-me à flor Rosa
Pra qu’ela seja minha amada mulher.

Então, desfolho-a ao som do bem-me-quer
Que desnuda, vendo-a assim tão mimosa,
Vou até sua gruta prazerosa
E sugo todo néctar que ela tiver.

Ah! Quantos êxtases! Ah, quanta magia!
Rosa me quer, e sou um cara sortudo…
E aí, vamos té amanhecer o dia

...E amei Rosa em pétalas de veludo,
Sendo isso apenas nos versos da poesia,
Porque na poesia, eu posso sonhar tudo!

(p.164).

         Poema dado, minhas impressões colocadas ao longo da resenha, agora deixo a seu encargo, caro leitor, procurar, comprar e deliciar-se com mais uma bela obra escrita em terras potiguares, nossa terra tão amada.


Claudio Wagner

Poeta, professor historiador, Cientista das Religiões, 1º Secretário da SPVA/RN e autor do livro Entre a Sombra da Razão e a Razão da Sombra.


Referência
SILVA, Dilson Ferreira da. Artefícios. Mogi Guaçu: São Paulo, 2108.




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